de certa forma, até que sim...
encima, ah, sim.
Mas assim, do lado também é bom.
Faz bem caminhar ao lado, deitar de lado.
Conchinha.
Prefiro ver-te caminhando somente,
ladinho, vizinho de mim,
nem atrás, nem na frente.
Passos largos, contra a corrente
todos infinitamente medidos, racionalizados.
Talvez um pouco neuróticos., mas que admiro.
Lógico.
Teus dedos que ainda jogam,
teus olhos que não molham.
Molham?
As letras que cansaram do papel e correram para os braços,
e cansaram dos braços e foram parar nas costelas. Costelas de Eva.
Ou eram de Adão?
Ou não eram de ninguém?
Mais pra baixo vejo inspiração, mas não vale pôr a mão...
A mão que julga aquele que sabe menos, ou que fala demais;
que reage menos ou que debate mais.
Não tem nada abaixo.
Tem do lado.
Como mão esquerda e direita que, mesmo uma delas trabalhando mais do que a outra a vida toda, sabe que tem a parceira do lado, pronta pra substituir bem direitinho.
Esquerdinha.
Aqui da janela vejo o túnel feito tubo de onda, fechando, faz barulho.
Como se eu tivesse de frente pro mar,
a espera de te ver parando com a magrela aqui na porta (a orla)
diferente, tranquilo, amigo.
Pedindo pra entrar.
Porque... lembra?
Não se joga as pessoas fora, igual jornal lido,
e que não têm mais valor.
Reciclar fica mais bonitinho, tá na moda...
nem inferior, nem superior,
nem esquerda nem direita é melhor.
Esquece acima e abaixo.
É sempre mais tranquilo
o meio do caminho.