segunda-feira, 23 de março de 2009
Performáticos que somos
Somos todos performáticos.
Adoramos um melodrama, adoramos contar histórias tristes, pegar o telefone e alugar ouvidos.
Adoramos chá com choro. Melhor ainda quando damos aquela levantada de cabeça pra ver se o travesseiro está muito molhado, médio, ou pouco.
Ninguém quer a verdade, ninguém. (nem Arjuna quis...)
A gente sabe, sabe sim quando estamos entrando numa fria, mas entramos! Porque lá de fora sempre tem alguém observando, e eu quero me sair bem...
Mas depois reclamamos e vamos pra frente da Tv tomar cerveja...
É o mesmo que pedir café sem açúcar e depois fazer cara feia pro gosto. Ou pedir "pelo amor de Deus" que ele lhe traga um novo amor, e quando o novo amor knock knock kncok, você corre e se esconde.
Nós não queremos ninguém igual a gente! Nós adoramos adotar! (problemas, exes, aquele que dá pra cuidar ou amadurecer...) Recebi carinho, desconfiei, recebi um fora, gamei. Friamente analisando, parece coisa de maluco.
O que está nos faltando? Eu não gosto desse jogo doido, mas quando menos espero sou jogada de um lado pro outro como uma peça de xadrez!
(Algum psicólogo, por favor, se pronuncie)
Eu sei quem sou, o que quero, e aonde vou. Isso nesse momento. Daqui a pouco não sei mais nada! Não reconheço você, nem você, nem você!
Muito menos as minhas mentiras mentirinhas, as que conto a mim mesma. Porque a verdade pode estar no Yogananda, pode estar no O Segredo (...), ou pode estar no Gita! E medito...
Sabe que por anos fiquei com uma frase na cabeça, do meu orientador de mestrado, um Judeu muito doido, que dizia "Miilinha! Os opostos se atraem mas só os iguais é que vão ficar juntos!" Eu não podia concordar com ele, porque senão não haveria crescimento. Mas hoje, nossa querido Jacques, os iguais viram amigos e os opostos quase se matam, um querendo ter o palco maior que o do outro...
(Ensaio aberto. Tenho que sair pra dar aula)
(foto de um quadro exposto numa Galeria de arte em Atlanta)
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