quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Tempo Voa
Não, errei: tempo não voa - ele adoece e morre.
Ele passa tão rápido que nem dá tempo ao tempo,
e quando vi,
já passou do tempo e foi-se embora.
Bate sino, arrepia na despedida.
Cai folha, envelhece.
Nasce, cria.
Cuido do tempo lá fora, porque no relógio onde mora,
só encontro números.
E nas promessas, o presente sem embrulho.
E no presente, fundo da caixa estava vazia.
Não foi num rio, nem no vento,
não foi no tempo do beijo,
nem num espaço de tempo que contei os minutos...
Mas foi na batida da poesia
dentro e fora da rima
que o descobri se abastecendo.
Antes que, pleno,
esse amor fugisse do tempo: dando um tempo pra ele mesmo.
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