POESIA & INSIGHTS
"A poesia não é minha. É como o vento, que só passa através de mim." Chico Xavier

terça-feira, 14 de julho de 2009

48 horas



Assim nasceram dois dias.

Indiferente com o sol lá fora, suspiro presente no travesseiro.
Coloco tênis ou saio de hawaianas, mostrando para o mundo que tenho pés frios?
Não estou em foto nenhuma, não visito site algum, não me conecto mais.
Indisponível por dizer. Uma boa menina.

Das 48 horas atrás lembro alguma coisa, mais precisamente os temperos que usei no meu arroz. E do sorriso de Jolie. Fora isso, peço desculpas, culpa do software que mandei instalar no meu hd...

Que o inverno se responsabilize de carregar as folhas secas do outono, nesse vento quente, tão indiferente do frio que bate aqui dentro. Segredos foram levados pelo carrinho do jardineiro.

Na voz das cordas acordei cantando; adormeci viajando, seu corpo nu, um japamala que brilha combinando com o suor que escorria da sua testa. Cordas se juntam, se separam, fluindo entre o toque e a despedida, entre acordar e discordar.

Das 48 horas que ficaram nas 72, vazio. Não lembro nem as contas que paguei, esqueci também do abajur ligado por tempo demais.

Primavera deixou inclusive nascer ervas daninhas no canteiro dos meus olhos, lágrimas não bem vindas que deixam meu corpo pois cansaram de esperar o momento de sair por amor.

Saíram porque em 48 horas seriam esquecidas.

Lágrimas de quem acordou antes da hora, e fica com sono, e fica perdida.

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