sábado, 11 de julho de 2009
Meus dois joelhos
No caminho meus joelhos andam em direções opostas.
Quando amo, eles se distanciam, um para cada lado...
Na dúvida se eu tenho guarda chuva ou não, corro, e aí eles se perdem num ritmo alucinante.
Na minha meditação eles reclamam; nas posturas, aguentam.
Se arrumo as malas e decido ir embora, eles tremem.
Se sento na calçada em frente a sua casa, esperando você chegar, eles não me deixam levantar.
Na hora da fome, eles sabem onde me levar, mas na hora da fome de você, eles resolver doer.
Aquele dia que fechei os olhos quando você quis viver um outro dia lá fora,
meu joelhos se dobraram...
Cuidado com o domingo, ele não está sempre tão disposto:
acordo rouco, água morna pra colar a alma no corpo.
Meus 34 anos com joelhos nada alinhados questionam quando eu ficarei sentadinha, joelhos alinhadinhos, abraçando-os com a cabeça colada neles, esperando você me beijar.
Canção do eu pra eu, que não saio do mesmo lugar.
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