POESIA & INSIGHTS
"A poesia não é minha. É como o vento, que só passa através de mim." Chico Xavier

sábado, 4 de abril de 2009

Livro de cabeceira



As palavras que vou escrever em você, só serão apagadas com o nosso suor. Então cuidarei de cada letra que atravessa a caneta e escorre na tua pele, para que não haja qualquer injustiça.

Extremamente cruel, será a primeira, perto do seu coração. Aquele que desestrutura minhas ilusões, anula minhas imperfeições e mesmo assim, me deixa mais inteira. Depois, no meio de tuas costas escreverei, Ser amado. Meu sentimento futuro, já deixo escrito no presente, como que num ensaio.

(a minha também), auto explicável, escreverei na sua nuca, um pouco mais abaixo... Nos teus braços, deixarei simplesmente "
asas". Nas tuas mãos, pegada forte. Agarrando a vida com as duas mãos...

Vou respirando perto da tua pele. A tinta secando, anulando qualquer erro na escrita.

Perto de sua boca deixarei,
feito silêncio. Nos teus olhos, sombra e luz. Aí páro, e pergunto para teus ouvidos, se está tudo bem.

Nos teus ombros escreverei:
abraço eterno, como quem fica abraçando mesmo não estando mais ali. Escreverei nas tuas coxas teus mantras favoritos, e nos teus pés o quanto cuidarei de ti. Só assim, cada vez que você olhar para baixo, terá motivo para voltar o olhar para frente.

E abaixo do teu umbigo agradecerei:
harih Om.



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