segunda-feira, 20 de abril de 2009
No oceano de asfalto
Tudo que cheira a estranho é sagrado: Deus não coloca perfume barato naquilo que ele quer mistério.
Se em cada passo, cada postura, cada movimento meu ao redor do sol, que sol é esse que me acompanha, que me alimenta?
Deus não quis coincidência senão pra me fazer rir. Nem a você, nem a mim.
As palavras azedas, coloco mel para adoçá-las, e na leveza dos meus enormes pesadelos deixo a corda solta, presa à mesa que nos deixa interligados a tantos mil passos...
Eu procuro entender os olhos das pessoas: procuro entender se há julgamento ou não – me recolho, choro, sofro então...
E renasço, mas linda, bela e de alma elegante. Então relaxe, toque, cante!
Toque o coração de quem estiver do seu lado. Faça pacto, faça apostas de quem chega primeiro ao pote de sorvete. Seja carente, respeite...
Amo amar você, e não tenho vergonha disso. Pra mim, é um presente, a oportunidade da minha largada, a certeza da tua lida, a importância da tua vinda.
Deus me dará mais e mais palavras, impressões, sugestões. Me dedicará cada passagem do vento pelas minhas costas, da chuva no teto, do sol indo embora pra então te aquecer.
São meus os encantos dos namorados, as ruas cheias ou vazias, a falta que tenho de tudo que não sei reconhecer.
Mas te olharei daqui, dali, de onde eu estiver, porque meus olhos fechados te levam a lugares que você nem imagina. Pura adrenalina, suor, festa de nós dois, minha cama, uma salinha.
Me perturbo, te perturbo, perturbo Deus: “onde será que ele se meteu?” Que siga cantando, tocando, poetizando, mas que seja feliz. Porque é assim que se ama também.
Devolvendo, sem apego, o homem que Deus ainda nem me deu.
“People can heal having an autentic connection with an autentic human being”
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