sábado, 18 de abril de 2009
Minha fuga em tua direção
A fluidez de algumas notas me lembram como eu olhava para o mar.
Parada com minha cadeira na areia, ondas falavam comigo. Não entende?
Então senta de frente pro mar, olhos fechados e sente. Assento, ásana, respire.
As ondas me trazem força, certeza, compaixão talvez.
Todas as vezes que ouço você escrevendo é como se tudo o que aprendi tivesse sido em vão, que todas as verdades tivessem melado em erros saudáveis. Tuas letras, tua risada é consumo meu. Cada ponto eu crio uma linha; cada estrofe, uma vida.
Minha imaginação rola, minhas ondas mentais se intensificam. Muitos metros de altura! Ondas insurfáveis!
Por onde quer que você passe aqui dentro, como mocinho ou bandido, quero te puxar pra perto de mim, te dar carinho, te maltratar também, com meu jeitinho.
Se os dedos tocassem minha alma do jeito que tocam tua harpa eu seria uma pessoa bem feliz. Mais ainda, com a fé inabalável, porque então os dedos e mãos e braços da verdade teriam, enfim, chegado. E ela existiria.
O pensamento que tem lei contra a imaginação que não quer ter regras. Eu fico olhando os dois de fora, apreciando a subversão. Sou, mas quero não ser.
Fico, mas quero ir,
Tento, mas já desisti.
Te amo, mas fujo de ti.
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