POESIA & INSIGHTS
"A poesia não é minha. É como o vento, que só passa através de mim." Chico Xavier

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Miilaprakrti


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" The GunaBody, or that form of S'akti mentioned
above which is manifested gradually from Kala" (6. ei-
ea) consists of the three Gunas, as already remarked.
It has to be added that each Gima, while evolving in the
manner described, comes under the special protectorship
of Aniruddha in the form of the Trimiirti ; that is to
say : Aniruddha as V i s n u becomes the superintendent
of Sattva, as B r a h m a n that of Rajas, and as R u d r a
that of Tamas. These three gods, together with their
S'aktis (Laksmi, Sarasvati, Gauri) ', regarded as the
forces underlying the formation of the Avyakta, are
called in Laksmi Tantra (6.20-21) the "Sheath of
Generation" (prasuti-kos'a)*. In the same text
(4. 82 fll.) it is stated with regard to the first
origin of the Gimas that they have been formed from
[an infinitesimal part of] the first, second, and third of
the six Gunas of the Lord. 3 The qualities which
become manifest through the Gunas are according to
Ahirb. Samh. : (i) lightness, brightness, healthiness,
pleasure ; (2) motion, passion, restlessness, pain ; and (3)
heaviness, obstruction, inertia, stupefaction.

After the Gunas have evolved separately, they be-
come, " for the purpose of creation ", a uniform mass
called as a rule A v y a k t a (the Non-manifest)
or Miilaprakrti (Root-nature), but also, according to

1 Who, however, according to Laksmi Tantra V, 6 HI., have
sprung: Brahman and Laksmi from Mahalaksmi -f Pradyumna ;
Rudra and Sarasvati from Mahakali-)-Sanikarsana ; and Visnu and
Gauri from Mahavidya+Amruddha.

2 This is the third kas'a or material " husk " of the Devi, the
second being the above-mentioned Maya Kos'a, and the first the
S'akti Kos'a comprising the Vyuhas and their S'aktis. Three more
Kos'as are connected with the lower primary and the secondary
creation to lie described in the next two sections of this Introduction.

3 The other three being employed for the creation of Kala ; ibid.
V, 24-25.


* Ahirbudhnya Samhita, de Otto Schrader.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Verbo "carinhar" existe?


As balinhas doces estavam escondidas debaixo do potinho de curcumã.
Sabia eu que elas estariam ali, a não ser pelo ser intuitivo que sou, sacando que, por debaixo do tapete das nossas máscaras, sempre existe um melzinho escondido.

Sacando o doce escondido atrás das tempestades que não páram, pergunto onde estão teus tamborins*? E se por acaso estão tirando dor de torcicolo, ao remexer e sacudir e desmantelar uma alma já dura de tanto se proteger da chuva, entrego os tais ao canto da parede.

Fiquem parados bem aí, porque quero carinhar o dono: quero abandonar a velha mão com meus dedos que apontam, para tocar num rosto que tem medo de quem bate. E olhar para um pedaço de céu guardado naquela íris, tão tímida e infinita, e reconhecer Narciso estampado nela.

Eu, que estarei carinhando eu mesma, porque sou o interesse do teu interesse em ser carinhado por você mesmo. Nada confuso, simples como a receita de um brownie, que ao ser acrescentado de sorvete de baunilha, fica bom de qualquer jeito.

E sendo assim declaro, que a partir da meia noite, entre os dias 10 e 11 de dezembro de 2009, o verbo carinhar passa a existir oficialmente. Porque se temos a ação, mesmo que o conhecimento seja completamente o oposto dos disposto, o verbo há de existir.

Assinado:
Eu, o ignorante, mas carinhoso.



* dúvida de Zeca Baleiro.

Tempo Voa


Não, errei: tempo não voa - ele adoece e morre.

Ele passa tão rápido que nem dá tempo ao tempo,
e quando vi,
já passou do tempo e foi-se embora.

Bate sino, arrepia na despedida.
Cai folha, envelhece.
Nasce, cria.

Cuido do tempo lá fora, porque no relógio onde mora,
só encontro números.

E nas promessas, o presente sem embrulho.
E no presente, fundo da caixa estava vazia.

Não foi num rio, nem no vento,
não foi no tempo do beijo,
nem num espaço de tempo que contei os minutos...

Mas foi na batida da poesia
dentro e fora da rima
que o descobri se abastecendo.

Antes que, pleno,
esse amor fugisse do tempo: dando um tempo pra ele mesmo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

poesia sem














sem sentido se ficar inibindo;
sem graça se não tiver a piada
sem rima se um estiver desistindo.

A vida é grande demais pra ficar se escondendo entre os dedos de um cachorro.
Vácuo, esquisito vazio sem nem ao menos, silêncio frio.

Uma vida inteira, não quero ficar entendendo o que não tem sentido.
Gastando digitais do dedo,
Gastando pele da vida - nem da minha, nem da tua.

Você fechado como um barril cheio de vinho DOCG, esperando o tempo passar.
Pra ficar mais rico?
Vai ficar mais caro?
Quer ficar amargo???
Antigo?

Não compartilha, não se atira, na verdade, nem desafia - mas desafina.
Na tênue linha entre sair de um quadrado e ver a luz do outro lado do túnel.

Eu, cansada de ser enganada, arrumo as malas.
Tempo na ampulheta começa a contar pros meus dias de Janeiro.

Ciclo se encerra.
Poesia, também.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Grande perda grande ganho







Ao invés
de ficar triste
com o que se foi,












Comemora
o que
ficou.










O EU, continua.



(Glória Arieira comentando o capítulo XV/2 da Gita)