POESIA & INSIGHTS
"A poesia não é minha. É como o vento, que só passa através de mim." Chico Xavier

domingo, 5 de julho de 2009

Abre a janela, Shiva


Cansei das portas. Acabei de impor a mim mesma que chega.
Chega de portas fechadas, onde fico batendo e alguém grita lá de dentro que "tem gente", e essa gente tem a chave, mas não vem abrir.

Fico tateando no escuro procurando a tal da chave de luz, mas não encontro. Os mantras têm pego forte em mim: muita vontade de derreter carência com o choro.

Minha carência anda me deixando séria, fechada. Cada vez mais fechada e com menos esperança. Shiva larga pra mim portas fechadas, homens incríveis que querem ser meus amigos. E amigos de todo mundo. E todo mundo com coração assando, querendo ser amigo de todo mundo. P.A. pra cá, P.A. pra lá e você que se contente com isso, pois é o que há de melhor no "mercado".

Não consigo, sou fresca, sigo provinciana nesse quesito. Foda? Só com amor.

Encosto no seu rosto que pede carinho e você foge. Porque então você permite que teus olhos fiquem em mim? Encosto na tua alma e você muda de assunto e prefere ir dormir.

E depois somos nós que temos que acordar...

Estou cansando de estar cansada. Caminho, contra minha vontade, para um lugar onde acabarei desistindo de encontrar amor, de poder compartilhar esse absurdo de sentimentos que pulsam dentro de mim como uma bomba espiritual pronta para explodir.

Pai: fala qual é a missão, seja claro. Eu fico olhando meu sofá, vazio, e minha mente inquieta se pergunta: Porque está vazio esse sofá de três lugares, onde só um está ocupado?

Abre essa janela Shiva, pra ver se eu consigo ver a luz lá fora, já que você insiste em manter as portas fechadas.

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