POESIA & INSIGHTS
"A poesia não é minha. É como o vento, que só passa através de mim." Chico Xavier

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Jornal lido deve ser reciclado?



Meu amor acaba de pedir um tempo: precisa mais de conversas de bar, precisa mais de barulho alto, pra abafar o som do coração. Precisa de céu; quer terra não.

Meu amor acaba de saltar de bugging jump sem corda de elástico, porque ele quer adrenalina, e euzinha prefiro hormônios de relaxamento...

Meu amor saiu sutilmente, fazendo de conta que é do bem, que não quer me magoar.
Tem como não se magoar? Se tem como por favor, alguém me ajude, porque estou re_voltada, tipo andando pra trás mesmo...

Do tudo, me joga num precipício sem fundo, porque precisa pensar, precisa se juntar, precisa se confrontar.

E eu aqui em Copa, olhando o céu azul, doida pra cair no mar.

E ontem, depois de uma aula sobre gunas e sobre Deus abençoando tudo e todos, fico acreditando que o sofrimento é opcional, mas que a dor é inevitável. Fácil no texto batido, difícil na consciência mal resolvida.

Parei. Parei mesmo. Parei láááááááááá no fundo, porque chegou o fundo. Como David Frawley havia comentado num desses textos por aí: a sociedade de consumo anda passando dos limites - hoje somos jogados fora, descartados como jornal velho que não tem mais notícia pra dar.

Bem se sou jornal lido, tentarei me reciclar. Mas prefiro mesmo ser como um bom livro de poesia de Mario Quintana, atirado num sebo, sem tempo de espera, sem espaço especial na prateleira.

Apenas um livro, que precisa ser reescrito e lido por ele mesmo.

Um comentário:

Ursula Jahara disse...

"Tem como não se magoar?" Eis a questão....

De uma forma ou de outra, impossível não se identificar com suas palavras, nesse seu momento que já passou.

Namastê.