POESIA & INSIGHTS
"A poesia não é minha. É como o vento, que só passa através de mim." Chico Xavier

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Em estado de Vishnu



Outro dia eu conversava com minha Maha Mitra Joanna Joaninha.
Nossos argumentos pairavam entre ir pra "balada" ou tocar um Ben Harper no DVD, e se deveríamos ficar entre minhas tosses que me mantém expirando mais do que inspirando, e uma Bohemia geladinha.

Ficamos bem com o Ben. E eu de chá de hortelã.

"Estamos ficando velhas amiga". Ou novas diria eu, que translitero tudo do old school of thoughts to the new age of feeling. Translitero?

Meu ombudsman pediu as contas, fico perdida no meu português de quem não tem tempo nem paciência de corrigir, e precisa escrever antes que o pensamento desapegue. Desculpe, estou usando óculos, o que está irritando Miila Derzett profundamente. Não gosto de nada que tenha que "de agora em diante estar comigo o tempo todo". Fora Dharminha Dharminha pode.

Bem, falávamos de rewarding the tape, de ficar nova, de, hmmm, pensar um pouquinho mais no que está por detrás (porque deve haver um sentido! Não é possível! Vocês não concordam??? Shiva tomou conta gerallll ) disso tudo. Essa zoeira de coletividade que virou uma festa trance sem música. É só parar e ficar olhando pessoas caminhando na rua. Vai dar curto circuito geral...

É difícil pra mim todo mundo, ser poeta, escrever com a alma, e quando estou triste, ter que escrever textos como o anterior, chamado de "Palavras", uma coisa bacaninha, misteriosa, porém sem ritmo, sem sentimento, de alguém que foi numa aula de Gita (!!!) e volta com entendimento teórico da coisa. Total estado de Shiva mais uma vez. Energia masculina, frio em excesso. Precisamos de Shakti! Precisamos esquentar, sair do morninho, precisamos se arriscar mais, da entrega. Precisamos de verdade, da honestidade, doçura, tipo melzinho do Balarama!

Eu quero ser um pouco de vocês, quero escrever pra vocês se lerem, se identificarem sim, não com meus erros de português, por favor, mas mergulhando através do espelho dessas palavras, buscando a existência de um sentido entre cada uma delas também, onde permaneceu meu silêncio entupido de pensamentos mais profundos ainda, e que por uma razão ou outra, não tive coragem de escrever.

Eu hoje sigo firme, num resfriado que dura mais de três semanas, com contas vencendo, com caixa de som da tv estourada (um pavor para uma gandharva like me) , enfim. É...

Professor de yoga nunca foi sinônimo de ser celestial, daquela imagem tudo muito zen Dalai Lama, lembrem disso. Nas minhas tempestades encontro uma árvore onde sempre chamarei vocês para que sigamos caminhando juntos faça chuva ou faça sol...

Falando em sol, parece que finalmente Shiva resolve dar espaço a Vishnu, que vai dar uma varrida geral aqui em casa, deletar a lixeira sem piedade, largar um balde de água fria na minha cabeça, tipo "acorda pra faxina Alice, já é tarde".

Alice acordou, vai tomar remédios pra sinusite passar, não tem outro jeito. Vai comer frutinhas no café da manhã. Vai pegar solzinho na rua junto com a senhorinhas em Copacabana.

Quero essa sensação de vazio preenchido com des-ilusões, que começo a sentir agora. I am only happy in the sun, oh yes I am. Lya Luft disse essa manhã "o mesmo que te derruba irá te amadurecer". Venha Vishnu, a porta está aberta.

Sente-se e fique à vontade.




(na tv com a caixa estourada, rola Ben "I love the way you think, but I hate the way you act)

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